Nosso Beisebol – Fim de temporada nas Rookie Leagues!

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O dia 22 de agosto marcou a data final para a temporada das chamadas Rookie Leagues (em inglês, ligas de calouros). Mas como já explicamos aqui, as Rookie Leagues são as portas de entrada para praticamente todo atleta do beisebol profissional dos EUA, e naturalmente, os atletas do nosso beisebol também passam por esse processo.

Temos três ligas que acontecem desde o início de junho até o final de agosto, em três locais diferentes: a DSL (Dominican Summer League) acontece na República Dominicana e é o primeiro nível; tanto a ACL (Arizona Complex League) como a FCL (Florida Complex League) são de mesmo nível. Mas em regiões diferentes dos Estados Unidos (sudoeste e sudeste dos EUA, respectivamente).

Embora o último dia da liga dominicana ter sido inteiramente cancelado pelo mau tempo, as ligas chegaram ao fim. Dessa forma, encerraram um importante capítulo da caminhada dos 7 brasileiros que atuam por lá. Com isso em mente, segue um breve resumo de como foi a temporada de cada nome do nosso beisebol!

Pedro da Costa Lemos, arremessador (franquia do Seattle Mariners, ACL)

Pedro é o único brasileiro que disputou uma das ligas de rookie nos Estados Unidos (estando em um nível seguinte ao dos colegas). Foi uma temporada de retorno, uma vez que o atleta estava se recuperando de cirurgia.

Foram 17 partidas disputadas desde o começo da temporada, com controle do número de arremessos (parte do processo de recuperação). Pedro fecha a liga com 24.2 entradas arremessadas, 17 rebatidas, apenas 7 corridas cedidas (1 home run), 36 eliminações por strikeout e 11 bases cedidas por walk. Os números finais tiveram média baixa de corridas cedidas (2.55 ERA) e bom índice de rebatidas cedidas (.189 AVG).

Kinn Omosako, arremessador (franquia do Los Angeles Dodgers, DSL)

A terceira temporada de Kinn pelo farm system do Dodgers foi de bastante atividade, com bons números no geral.  Embora tenha enfrentado um começo irregular, Kinn conseguiu encontrar bom ritmo e fechou o ano como um dos destaques do nosso beisebol.

Com 30 entradas arremessadas em 18 oportunidades, Kinn registrou 30 eliminações por strikeout, 16 bases cedidas por walk, três vitórias e apenas 17 corridas cedidas. Assim, Kinn será o único brasileiro disputando os playoffs entre os calouros, já que sua equipe, os Los Angeles Dodgers Mega, se classificou para a pós temporada.

Sann Omosako, arremessador (franquia do Toronto Blue Jays, DSL)

Trilhando um caminho parecido com o dos colegas Eric Pardinho e Rafael Ohashi, que se destacam na base do Toronto Blue Jays, Sann também se destacou bastante nesta temporada das ligas rookie. Ele foi o último a entrar em campo (fez a estreia apenas no dia 03 de julho), mas manteve as médias baixas.

Entre os arremessadores do nosso beisebol, Sann foi o atleta com menor WHIP, com 1.02 (número de corredores de base que um arremessador permite por entrada arremessada, em que 1.2 costuma ser média). Sann inclusive foi um dos nomes mais celebrados por redes sociais dedicadas a cobrir o sistema de formação de atletas do Blue Jays!

Gabriel Gomes, receptor (franquia do Cincinnati Reds, DSL)

Um dos principais prospectos do nosso beisebol, Gabriel Gomes viveu uma ótima temporada em 2023, melhorando todas as estatísticas em relação ao primeiro ano de República Dominicana.

Foram 14 partidas disputadas (maior parte como receptor, mas também como rebatedor designado), com boa média de chegada em base. Entretanto, a lesão no começo do mês acabou afastando Gabriel na reta final, mas a perspectiva era a melhor possível.

Emannoel Madeira, arremessador (franquia do Chicago Cubs, DSL)

Um dos mais novos entre os nomes do nosso beisebol que está atuando no sistema de formação dos EUA, Emannoel foi o arremessador com maior contagem de arremessos nas rookie leagues. Mas a cereja do bolo, inclusive, foi participar de um no-hitter coletivo (quando nenhum arremessador de uma equipe cede rebatida ao outro time).

Em 13 partidas (todas como abridor), o jovem de Presidente Prudente registrou 35 eliminações por strikeout, baixa média de rebatidas (.190 AVG) e poucas corridas cedidas (apenas 14). Para 2024 será importante aprimorar o controle das bases cedidas por walk.

Sulivan Ribeiro, arremessador (franquia do Oakland Athletics, DSL)

Com 12 partidas, Sulivan foi o que teve a menor contagem de arremesso durante a temporada – foram apenas 10 entradas completas, todas como parte do bullpen. O número representa uma redução se comparado a 2022, em que Sulivan somou 30 entradas arremessadas.

Ribeiro foi um nome importante para o Brasil durante a disputa da etapa classificatória do World Baseball Classic. E também está relacionado na lista de pré-convocados para os Jogos Pan-Americanos de Santiago. 

Matheus Lelis, receptor (franquia do Oakland Athletics, DSL)

2023 foi uma temporada com bom tempo de jogo para Matheus Lelis, que atuou em 18 partidas (tanto como receptor como no campo externo), embora tenham sido menos aparições do que nas temporadas anteriores.

Matheus somou 109 entradas como receptor e registrou .975 de média defensiva na posição, número melhor do que nas temporadas de 2019 e 2021.

CONVITE

Nossa missão de cobrir os atletas do nosso beisebol que atuam nas principais ligas do mundo está a todo vapor! Neste sentido, sempre pedimos que, se você sentiu falta de algum nome na coluna dessa semana ou da anterior, entre em contato com a gente!

Seja como for, lembrem-se da nossa cobertura dos Jogos Panamericanos de Santiago (CHL)! Da mesma forma, também temos o podcast Entradas Extras, que traz as informações do beisebol pelos quatro cantos do mundo. Neste sentido, nosso convite é para que você venha com a gente nessa jornada sobre o Nosso Beisebol!

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